quarta-feira, 3 de outubro de 2012


Conheça a história de pessoas que acreditam na energia 


espiritual




Casos que a medicina ainda não tem como explicar. Quatro histórias de cura com o mesmo remédio: os passes de dona Isabel.

JOSÉ RAIMUNDOBrasil
De repente, uma doença sem cura e a vida por um fio.
"O médico falou pra gente ‘não dou 2 meses pra ele’", disse a filha de Zé Carlos.
"As dores são fortes mesmo. E a gente precisa ter um equilíbrio muito grande pra poder suportar tudo isso", afirmou Zé Carlos.
De uma hora pra outra, um diagnóstico que ninguém merece.
"Ele chegou carregado, com o lado direito todo sem movimento, sem enxergar, com a boca torta”, lembrou a mulher de Yano.
Como aguentar uma lesão grave no menisco sem cirurgia?
"Não sinto absolutamente nada. Nada”, revelou Alessandro.
E quando o futuro de uma criança sai do controle dos pais?
"As informações eram as piores possíveis, até de infecção generalizada", contou o pai.
"Então, tem que operar rápido, urgente", contou a mãe.
"Eu não fiz nenhuma cirurgia, não tomei remédio. Fiz o tratamento espiritual e fui curada", disse Isabela,
São casos assim que a medicina ainda não tem como explicar. Quatro histórias de cura com o mesmo remédio: os passes de dona Isabel.
Já são quase 70 anos que ela trabalha com a mediunidade para curar as pessoas. Mas até hoje não gosta de falar em milagres.
"Não existe milagre. Existe trabalho e progresso. Felicidade é consequência”, afirmou Isabel Salomão de Campos, médium.
Ela também faz questão de dizer que o médium é apenas um instrumento das equipes do plano espiritual. No caso dela, é um grupo chefiado por dois médicos: o cirurgião André Luiz, que também trabalhava com Chico Xavier, e o português João de Freitas, que atendia as comunidades pobres do século 18, no interior de Minas.
"Ele é o mentor do meu trabalho. A minha parte é a vigilância, os cuidados que eu tenho que ter com a minha vida. Você vigiando a sua oração tem acesso entre os mentores, entre os trabalhadores de Jesus. Quanto mais perfeita a integração entre o médium e o espírito mentor, mais satisfatória é a cura, mais satisfatória é a melhora do paciente, e mais satisfatório é o resultado do trabalho", disse dona Isabel.
Às sextas e sábados, a Casa do Caminho, que é a casa de dona Isabel, vira um pronto-socorro movimentado. Ninguém sabe explicar ainda o que acontece. O certo é que raramente alguém que esteja desenganado pela medicina tradicional, depois de passar por esta enfermaria, vai embora sem pelo menos uma esperança de cura.
São em média 800 pessoas a cada fim de semana. E dona Isabel precisa da ajuda de muitos voluntários. O grupo é coordenado por três médicos: Mirna, Sílvio e Didier.
Quando seu Zé Carlos esteve aqui pela primeira vez, só mesmo um "milagre" pra dar conta da situação. O câncer no intestino tinha evoluído para metástase óssea, comprometendo toda a coluna. Pela frente ele tinha poucas semanas de vida, uma cadeira de rodas e muita dor.

"Quando ela dava o passe, eu sentia aquela paz, aquela tranquilidade, então, aquela coisa boa, aquele calor. E nesse momento, a dor diminuía”, disse José Carlos Portes, fiscal de arrecadação aposentado.
"Ele dirige, tem dia até que faz arte, começa a querer lavar o quintal, ele esquece que tem um problema, que existe, persiste, porque ele tem uma disposição muito grande, muita alegria. Ele levanta cantando", ressaltou a esposa.
"A gente quando tem fé, a gente sente que vai melhorar. Tem que ter o pensamento positivo. Eu sentia isso. Nunca me senti derrotado não. Eu falei ‘eu vou vencer. E vou vencer’", contou Zé Carlos.
Mas os exames comprovam que as sequelas do câncer não foram apagadas. Da forma como a medula está comprimida, seu Zé Carlos deveria sentir dores insuportáveis.
"Como é que uma pessoa com esse grau de comprometimento não tem queixa? Realmente a gente tem que parar pra pensar. Nós temos que imaginar que temos um poder limitado. E a partir daí a gente imagina que sempre nós vamos precisar de ajuda. E essa ajuda vem, com certeza. Tanto pra nós, médicos, como pros pacientes”, afirmou o oncologista João Carlos Campos.
"Ó, o caminho da doença: quando a gente não vigia o pensamento, não vigia a palavra, não vigia o sentimento, esse é o caminho aberto para as enfermidades. Por isso que o pensamento, a palavra, as atitudes, são forças que nos elevam aos espíritos do bem, ou nos prendem à terra, aos espíritos negativos. E o doutor João de Freitas seria o espírito superior que trabalha junto aos enfermos, que ajuda os enfermos. Ele não evita doenças. Ele trata do espírito doente. Para que o corpo seja favorecido; enquanto o médico cuida do corpo, o doutor Freitas com sua equipe, no caso, cuida do espírito", revelou dona Isabel.
Os médicos já viram o suficiente nos consultórios para admitir a necessidade de investigar pra valer esse mistério. O grupo que se reúne uma vez por mês com dona Isabel, em Juiz de Fora, já tem mais de 20 especialidades. Todos querem aprender sobre o espírito, essa parte de nós que não costuma ser estudada nas escolas de medicina.

Quando doutor Yano, que é psiquiatra, soube que estava gravemente doente, a estimativa mais otimista era de apenas 6 meses de vida. Ele estava com esclerose múltipla.

"É uma doença auto-imune, quer dizer, você mesmo volta a sua imunidade contra si próprio. Aí, você tem que tomar remédio para sua imunidade não cair tanto. Ao diminuir sua imunidade, você fica exposto às agressões do ambiente: infecções, gripe”, afirmou Yano Salomão de Campos, psiquiatra aposentado.
Ele podia não acreditar na época, mas sem ter o que fazer, aceitou o socorro da própria mãe: dona Isabel tratou do filho durante quase dois meses.
"No meu filho, o André Luis usou uma bisnagazinha assim, e foi como se estivesse soltando os tecidos dele, e soldando mesmo, ou colando, e ele foi ficando bom. Ele tomou 50 passes. Cada dia, cada manhã ele levantava melhor", disse dona Isabel.

" E 13 anos depois eu estou aí vivo ainda, aposentado por invalidez porque realmente não tenho condições de fazer tudo, mas proporcionalmente, eu estou ótimo", afirmou Yano.
E ele tem razão. Durante dez anos levou uma vida normal, sem remédios, até um novo surto que deixou sequelas. E diante de 13 anos de sobrevida, o doutor Yano reconhece o poder da parceria entre a medicina tradicional e a espiritualidade.
"Eu tenho 34 anos de formado, a quantidade de médico que convive comigo, que me olha e fala, ‘Yano, você tá bem demais’. Então é evidente pra eles também uma indicação que tem que ser estudado isso. É uma associação excelente", afirmou Yano.
O caso de Isabela é outro que não tem explicação científica. Aos 4 anos, começou a ter febre e a reclamar de muita dor na perna esquerda. Era osteomielite, um abscesso dentro do fêmur,
Para os médicos, não há outro caminho a não ser operar o paciente na hora.
"Se ela pega uma gripe, uma dor de garganta, e o organismo dela não disseminar isso bem, é uma janela aberta para uma infecção grave, uma septicemia, então, tem que operar rápido, urgente", disse a mãe Sandra Cordeiro, funcionária pública.
Aceitar esse tratamento significava assumir, além do risco de uma cirurgia, sequelas pro resto da vida: no mínimo, uma enorme cicatriz externa e uma perna mais curta que a outra.
"Aí, desequilibrou o nosso dia-a-dia. E, então, como temos muita fé, começamos a apelar para a providência divina, aí é que nós começamos a percorrer outro caminho, que não na medicina tradicional, e sim espiritual, pra ver se conseguíamos superar esse problema, que era muito grave", revelou o pai Hélber Cordeiro, delegado aposentado.
Isabela ficou quatro meses tomando passes com dona Isabel. A febre e a dor foram embora logo no começo. Mas os pais só tiveram coragem de refazer os exames, sete meses depois. E as imagens da ressonância magnética surpreendem até hoje. Foi uma cura que não deixou sequelas.
"Como se ela não tivesse passado aos 4 anos de idade por essa alteração. Com a medicina convencional é muito difícil a gente explicar. Eu não consigo te dar essa explicação. Eu entendo que alguma coisa houve. E não foi a medicina convencional", ressaltou o ortopedista Jurandir Antunes Filho.
Com 16 anos hoje, Isabela não é só uma princesa. Trabalha como modelo, quer ser médica no futuro e não esquece de agradecer, todos os dias, tudo o que já ganhou.
"Sou grata primeiramente a Deus, a dona Isabel e à minha família, que me apoiou muito", disse Isabela Cordeiro, modelo.
Dona Isabel explica que no caso das crianças a ajuda espiritual é mais eficaz. É que na infância, somos mais puros de idéias e ações. E isso facilita muito o trabalho dos mentores através dos médiuns.
"Houve a cirurgia, tirou o tumor. André Luis tirou o tumor, fez a limpeza local, e o doutor Freitas deu o fluido espiritual”, falou dona Isabel.
E o que será que aconteceu com Alessandro? Quem o vê jogando bola com o filho jamais imaginaria que o joelho está há mais de 10 anos nesse estado. A lesão no menisco é de grau máximo. Sem cirurgia, é impossível andar sem dor.
"A dor era terrível. Eu rompi numa partida de squash, logo depois sem conseguir andar, fui ao médico e ele indicou a artroscopia. Procurei a dona Isabel pra fazer um tratamento espiritual pra preparar pra cirurgia. Depois do tratamento espiritual, a dor desapareceu e eu não fiz cirurgia", ressaltou Alessandro Arbex, diretor de filmes publicitários.
E a ressonância, repetida agora pela terceira vez, apresentou o mesmo resultado de dez anos atrás.
"É difícil a gente pegar um paciente com uma ruptura de menisco dessa, estando assintomático. Não sentir nada não é muito comum", revelou o doutor Jurandir.
"Eu não penso em fazer cirurgia não. Eu não sinto nada. Se eu sentisse incômodo, se o joelho falhasse pra valer, se eu sentisse dor, mas eu não sinto nada, pra que eu vou buscar cirurgia sem dor nenhuma? Eu acho que pelo tratamento espiritual foi bloqueado. A perna está bloqueada. Vou deixar assim até eles acharem que deve", afirmou Alessandro.

Teremos todas essas respostas um dia? Para dona Isabel, nunca houve dúvida. Ela entrou em contato com o mundo espiritual ainda menina, aos 9 anos. E perto de completar 90, segue a mesma receita de saúde e bem-estar.

"É preciso que a humanidade acorde e aproveite o tempo para progredir porque nós podemos ser felizes aqui na Terra. Porque Deus nos criou para sermos felizes e isto é importante que nós entendamos. Deus não nos criou para o sofrimento", completou dona Isabel.


Entenda como funciona a terapia pela imposição das mãos





Teria a espiritualidade alguma influência no tratamento das doenças do coração? Até agora, a medicina nada comprovou. Por isso, o Instituto do Coração, em São Paulo, resolveu investigar esse mistério.
JOSÉ RAIMUNDOBrasil
Sinal dos tempos. A consulta não é mais a mesma no maior hospital público do coração no Brasil. Uma novidade impensável até pouco tempo atrás.
"A senhora sente a presença de Deus?”, perguntou o repórter.
“Sinto. E acredito muito. Isso pra mim é uma verdade", respondeu dona Dináh.
Dona Dináh é uma paciente de fé. Reza diariamente e pratica o pensamento positivo. Resultado? A pressão está boa.
Seu Osvaldo tem 73 anos, hipertensão, vista fraca, problemas no pulmão e no coração. Mas quem diz que ele desanima?
"Eu acredito porque tenho fé em Deus", disse seu Osvaldo.
A fé do cardiologista não vem somente do fato de ser um católico praticante. É que no consultório já viu o suficiente para não ter dúvidas: o que ele quer agora é a comprovação científica.
"As pessoas que têm espiritualidade, são mais aderentes ao tratamento. Tomam remédio com mais regularidade, fazem a sua dieta de uma forma mais regular, quer dizer, respeitam mais o seu corpo. Isso independente de religião. Quando eu falo espiritualidade, eu defino como a busca do sentido da vida, independe de religião. Religião é uma coisa individual, e não pode ser abordada numa pesquisa científica”, afirmou o cardiologista Roque Savioli, que é coordenador da pesquisa do INCOR/SP.
Teria a espiritualidade alguma influência no tratamento das doenças do coração? Aqui no Brasil, até agora, a medicina nada comprovou. Há quem diga que sim, há quem diga que não. Por isso, o Incor, o Instituto do Coração em São Paulo, resolveu investigar esse mistério. Um desafio que uma equipe de cardiologistas começa a enfrentar.
O grupo começou a se reunir este ano e ainda não tem um prazo para concluir o trabalho. O assunto, por mais abstrato que pareça, já não encontra resistência dentro do Incor.
"É um estudo piloto, inicial, nessa instituição e vai estudar nos pacientes idosos a influência do otimismo, da fé, no tratamento e no acompanhamento de várias doenças cardíacas. Eu acredito plenamente nesses benefícios", contou Roberto Kalil, chefe da Cardiologia do INCOR/SP.
Aos 73 anos, dona Ivone tem uma saúde de ferro e a vida bem resolvida há mais de uma década, depois da aposentadoria. Mas a estabilidade não livrou ela do stress da vida moderna. Uma insônia severa acabou com o sossego dela.
"Eu tinha assim uma necessidade de paz interior que eu não sabia o que era. Eu achei a paz, nas sessões de reiki", revelou Ivone Mori, professora aposentada.
O reiki é usado como terapia alternativa desde o surgimento no Japão, há quase um século. Através da imposição das mãos, acredita-se que é possível canalizar e transmitir a energia que está à disposição no Universo para promover o bem-estar. Quem já experimentou, diz que é tiro-e-queda.
"Eu estou mais equilibrada, com mais paciência. A ansiedade foi embora. Nem quero que ela chegue perto de mim, se ela chegar, vou procurar o reiki", contou dona Ivone.
A ansiedade era uma inimiga que a advogada Marizilda combatia com remédios de uso controlado. Um veneno. Mas era o mal necessário depois de uma crise aguda de ansiedade, com dois apagões.
"Os processos não andam, protocolos que foram feitos há 30, 40 dias, continuam inalterados, e no final do dia, depois de correr dois ou três fóruns, voltar par ao escritório e ter que passar pro cliente que não andou, não por culpa nossa, por culpa de um sistema que está parado totalmente, então, isso fica difícil", afirmou Marizilda Fábio, advogada.
Assim como dona Ivone, a advogada reencontrou a saúde através do reiki. Elas foram voluntárias em uma pesquisa da Unifesp, a Universidade Federal de São Paulo. Esta terapia foi testada no combate ao stress em pessoas com mais de 50 anos.
"Muitas vezes no término da sessão de reiki eu ainda sinto a sensação, como se a mão ainda estivesse imposta nessa região, ou muitas vezes no joelho. Tem momentos que essa energia é fria, tem momentos que essa energia é mais quente, mas sempre reparadora", disse Marizilda.
Dona Marizilda melhorou tanto que segue a terapia até hoje. "Fico agitada, fico no corre-corre dessa cidade grande que eu vivo, e da minha profissão que eu exerço, porém o equilíbrio se mantém. Eu consigo chegar em casa, dormir tranquila, sem uso nenhum de medicação", contou.
Durante a pesquisa, as sessões de reiki foram monitoradas pelo eletrofisiógrafo. É um aparelho capaz de acompanhar a evolução do relaxamento do paciente. E isso é feito com eletrodos que medem a tensão muscular, a corrente elétrica e a temperatura corporal.
"Nós temos três dados, que juntamente com outros dados, principalmente psicológicos e de investigação de qualidade de vida, que apontam que o reiki atua de maneira integral sobre a vida da pessoa", disse o fisiopatologista da Unifesp, Ricardo Monezi.
O terapeuta que trabalha com reiki há 15 anos, no hospital da Unifesp é um voluntário ajudando os médicos a pesquisar o assunto.
“Sinto essa energia em minhas mãos. Como se fosse um formigamento. Essa energia está aqui. Eu só recebo e distribuo”, contou Luis de Almeida, terapeuta.
"O que chama a atenção da Ciência é a capacidade que o corpo do ser humano tem de canalizar esse tipo de energia e transmitir a uma outra pessoa, ou seja, é como se o ser humano fosse uma usina de energia, que fosse capaz de passar alguma coisa de boa, que energisasse, alguma coisa que trouxesse um benefício não apenas ao corpo, mas sobretudo ao ser humano de uma maneira integral", ressaltou doutor Ricardo.
Ao final da pesquisa, não foi só a qualidade de vida dos voluntários que melhorou. Cresceu também a confiança no mundo espiritual: 10%, comparando as respostas antes e depois.
"Então, a espiritualidade sai do subjetivo, ela sai de alguma aura muito pessoal, pra uma coisa que nós podemos determinar com números e validar através de procedimentos científicos", disse doutor Ricardo.
A técnica da imposição de mãos também é usada como prática de fé na igreja messiânica, e o johrei é muito parecido com o reiki. A diferença é que os praticantes do johrei acreditam canalizar a luz divina, mas o objetivo é o mesmo: promover a cura do corpo e da alma.
"Nós temos muitos casos de cura, mas a cura por dentro. Do homem se elevar, de ser melhor, de ser uma pessoa melhor", afirmou Dieny Deysa, terapeuta.
Sylvio não perde uma oportunidade de agradecer à luz divina uma cura que foge dos manuais de medicina.
"Eu obtive uma paz muito grande e uma tranquilidade, e durante todo esse tempo, em razão do johrei que eu recebi, eu nunca senti absolutamente nada. Eu sempre tive uma qualidade de vida normal. Como se não tivesse doença nenhuma", destacou Sylvio Moreira, policial aposentado.
E a doença era grave: um câncer de próstata com metástase óssea.
"Eu tinha focos na coluna, no fêmur, no tórax, ou seja, nos ossos todos, era generalizado. Hoje eu não tenho mais nada, graças a Deus”, disse Sylvio.
Sylvio ainda vai uma vez por mês ao hospital para as consultas de manutenção. Toma remédios para fortalecer os ossos. Mas o que faz todos os dias, religiosamente, é cultivar a fé e a vontade de viver.
"Eu acreditava que ia ser curado, embora os médicos dissessem que não havia perspectiva de cura", afirmou Sylvio.
Quem acredita no johrei diz que o ser humano é resultado das ações de todos os seus antepassados. As doenças seriam, portanto, um sinal de sofrimento de algum parente que já morreu e que ainda precisa purificar o espírito.
"O tratamento oncológico era uma vez por mês e o tratamento espiritual era diário, eu ia todos os dias à Igreja. Recebia em torno de 10 sessões por dia", contou Sylvio.
Sylvio também caprichou praticando o Sonen, a prece sagrada dos messiânicos para encaminhar o problema ao plano superior. Calcula que em 2008 chegou a fazer 30 mil orações. Rezava de manhã, à tarde e à noite. E nunca teve sintomas ou se queixou de dores. No começo deste ano, ao refazer os exames, deixou os médicos sem palavras.
"Os níveis de PSA que ele tinha em 2009 eram bastante elevados, esses níveis estão controlados hoje com o bloqueio hormonal, e é normal que a cintilografia óssea tenha uma melhora. O que é diferente é que essa cintilografia teve uma melhora muito acima do esperado. A questão é: o que o Sylvio fez em prol dele que tenha feito chegar a essa situação? Será que foi sorte? Será que a doença dele tem alguma coisa ali dentro que faz com que ela tenha sido tão bem tratada, que o tratamento tenha dado tão certo? Ou será que o Sylvio fez alguma coisa por ele, pela cabeça dele, pelo corpo dele, que tenha feito com que essa doença se tornasse mais fácil de ser tratada?", indagou o oncologista do INCA/RJ, Daniel Herchenhorn.
A espiritualidade não faz "milagre" sozinha e essa é uma certeza que não precisa de comprovação científica. O que falta descobrir é o quanto a fé contribui para o bom resultado dos tratamentos de saúde.

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