quarta-feira, 5 de junho de 2013

Mente sem limite - Metafisica da Saúde Vol l

MENTE SEM LIMITE




"A mente tem diferentes níveis, mas não tem limites."
Compreender a dinâmica das experiências mentais auxilia-nos a lidar melhor
com esse complexo mecanismo do pensar.
Formular pensamentos, ter consciência de nossa lucidez e manipular a
capacidade de escolher e de dar importância são os maiores atributos da raça humana.
Podemos comparar a mente a um grandioso e sofisticado computador que
temos ao nosso inteiro dispor. Como qualquer aparelho de altíssima tecnologia, precisamos conhecer seu manual de funcionamento. O mesmo se aplica ao universo psíquico. 
E importante conhecer os mecanismos que compõem a mente, para
podermos manipular a capacidade criativa em nosso benefício.
Somos um sofisticado sistema de captação e produção de energias
vivificadoras, e a mente canaliza e direciona essas energias vitais, criando a atmosfera energética que influencia a realidade, e estas se moldam de acordo com as nossas crenças.
As crenças podem se originar dos valores morais ou religiosos que nos são
passados pela educação ou formulados através de nossas próprias experiências. 
Elas representam as certezas interiores ou aquilo que tomamos como verdadeiro para nós.
Na maioria das vezes são adotadas sem nenhum critério seletivo, não questionamos se esses valores ainda servem para a realidade atual, por isso eles são falsos valores.
Porém aqueles que são formulados como resultado de nossas vivências são mais realistas, por isso nós os consideramos valores verdadeiros.
As crenças estabelecidas ao longo de sua existência determinam a maneira
como você encara os fatos da vida e servem de base para a escolha de como você deve reagir e se comportar. Para cada pensamento teremos uma reação em nosso sistema ou uma sensação. Assim eles também determinam a qualidade de bem ou mal-estar de seu dia-a-dia.
De uma certa forma, como veremos mais adiante, nossas crenças moldam a
realidade, reproduzindo no ambiente externo aquilo que concebemos interiormente.
Cada um vive de acordo com suas próprias crenças.
Se você acredita no bem, terá bons pensamentos, conseqüentemente sua vida
seguirá por um curso harmonioso. Já aqueles que acreditam no mal são maliciosos, vêem maldade em tudo, acabando por atrair episódios ruins. Ser otimista é pensar nas perspectivas favoráveis de uma situação, enquanto ser pessimista é nutrir pensamentos negativos e dar muita importância aos obstáculos.
A mente é comandada por você, por seu livre-arbítrio. De modo geral, aquilo que se pensa sobre si mesmo e sobre a vida determina a realidade à sua volta. 
Nutrir idéias de inferioridade o faz sentir-se imperfeito. Essa postura criará um cenário desolador,onde você será o protagonista.
Para que a condição interna se torne realidade, é necessário crer de forma total, visceral, apaixonadamente ou a corporificar tais idéias. Não adianta só desejar, é necessário sentir para que se torne real, caso contrário, mesmo querendo ter bons resultados, se os pensamentos não forem fortes o suficiente para impressionar e para se imprimir em nosso sistema, os resultados não serão alcançados.
Todos aspiram a alcançar seus objetivos na vida, mas isso não é suficiente por si só. Para obter sucesso é preciso sentir-se no direito de usufruir os privilégios de ser bem-sucedido. Não basta almejar um bom emprego ou fazer bons negócios, é preciso sentir-se em condições de ser contratado e merecedor da oportunidade profissional. 
É preciso ter isso implantado em seu sistema, de forma que pareça ser completamente natural.
A força do pensamento atua tanto nas funções biológicas do corpo como no
ambiente ao redor. Alguns exemplos corriqueiros tornam isso mais explícito, como pensar em comida e sentir fome, ou imaginar que algo é ameaçador e sentir medo — esse estado produz no corpo a adrenalina que estimula as funções biológicas deixando-o em alerta. Em relação à atuação da mente no exterior, observam-se os seguintes exemplos: ter medo de determinados insetos e freqüentemente deparar com os mesmos; pensar que algo pode dar errado e não conseguir realizar aquela atividade.
Antigamente acreditava-se que a mente era restrita ao nosso mundo interior.
Considerava-se que ela se limitava ao cérebro. Desse modo, sua atuação era
puramente interna, não exercendo nenhuma influência no exterior.
Essa visão é baseada no conceito de que o poder do homem obedece a uma
seqüência predeterminada: pensar, mover o corpo e com isso promover reações no mundo.
Afirmavam os antigos estudiosos do comportamento humano que somos um ser constituído por partes isoladas que se interligam pelas funções, como o mecanismo de um carro ou de outra máquina qualquer. Assim, eles falavam de mente, emoção, sentimento, corpo, alma, como partes de uma máquina biológica.
Atualmente essas noções estão ultrapassadas. Os cientistas afirmam que não
existe nada individualizado no homem, que tudo é um conjunto integrado. Assim, somos sentimentos, emoções, espírito, neurônios e o corpo inteiro. Na visão metafísica, isso se estende também ao ambiente, às pessoas ao redor e ao universo.
Portanto, o que é considerado mente na verdade são atributos naturais e não possuem fim ou começo.
As concepções mentais são capazes de abranger todo o universo, podendo
exercer algum tipo de influência nele.

VOCÊ NÃO TEM COMEÇO NEM FIM

A mente pode ser vista sob dois aspectos: o consciente e o inconsciente.
O consciente é onde ocorre a percepção. Ele representa apenas uma pequena
parte da mente, que compreende tudo aquilo de que estamos cientes no momento. 
atividade do pensamento é a manifestação do consciente. Imagine uma lanterna acesa na escuridão; somente onde o foco de luz clareia é consciente.
O consciente está ligado a todo o organismo, podendo a qualquer momento
focar uma de suas partes ou identificar as sensações provenientes do corpo. A mente consciente também se estende até onde os sentidos podem alcançar. A identificação dos estímulos externos representa uma extensão do consciente que não se limita apenas a captar os sons, as imagens, etc., mas também a perceber através do sexto sentido as emanações energéticas das pessoas ou dos ambientes, chegando a captar o ambiente astral em casos especiais.
A consciência é um fenômeno abrangente que transcende o sistema nervoso,
sendo ela fruto da interação entre o interno e o externo.
Existe uma frase de Yogananda que esclarece esse conceito: a mente é como
um elástico que pode se estender ao infinito, sem se romper.
Essa idéia contrasta com o ponto de vista tradicional da ciência, que descreve a percepção como um "arco reflexo", em que o mundo é um conjunto de estímulos que tocam os aparelhos sensores, e estes são conduzidos até o córtex cerebral, onde são interpretados pelos neurônios e percebidos pela mente.
Esse nível de percepção também pode ser chamado de mente superficial ou eu
consciente, que engloba tudo que se percebe no presente e identifica o que está ao redor. 
Nele estão todos os fenômenos dos sentidos (audição, visão, paladar, olfato e
tato) que promovem as sensações, permitindo reconhecer o aqui - agora.
Essa mente é a que pensa, escolhe, decide, acredita ou desacredita e focaliza a atenção; ela é que dá a sensação de individualidade, promovendo a lucidez ou eu consciente.
O principal atributo do eu consciente é o discernimento, o poder de escolher, de dar importância ou mudar o ponto de vista a qualquer momento, bem como mobilizar a vontade para intensificar os objetivos de vida.
Ele é também responsável por formar o senso de realidade, de creditar como
real ou irreal qualquer fato.
As faculdades mentais são atributos da vida. Por meio delas você pode
reconhecer a si mesmo e interagir com o ambiente à sua volta.
Em suma, não pense que a mente é restrita ao corpo somente porque você a
identifica dessa maneira. A mente consciente vai além do simples fato de interpretar e decodificar os estímulos externos. Ela interage no mundo, tornando-se parte integrante dele.
O inconsciente não pode ser interpretado com facilidade nem ser evocado
voluntariamente, porém seus conteúdos podem se manifestar no mundo consciente.
Grande parte dos conteúdos da mente origina-se do inconsciente. Ele é a fonte das energias psíquicas e contém os fatores básicos da personalidade do indivíduo.
Os estudos a respeito da mente se aprofundaram e hoje se sabe que o material armazenado no inconsciente não são apenas as experiências pessoais da vida atual guardadas na memória, mas também os fatos de vidas passadas relacionados a você e à vida em geral, chegando a ter contato com os arquivos do passado do universo.
As pesquisas da psicologia, principalmente as realizadas por Carl Jung sobre o
inconsciente coletivo, comprovam que o inconsciente é ilimitado, abrangendo não só o que existe mas também tudo que existiu e existirá. Jung exemplifica o inconsciente comparando-o ao ar, que é o mesmo em todo lugar, todos o respiram, mas ele não pertence a ninguém. Diz ainda: o inconsciente não é um recipiente que coleta o lixo da consciência, ele é a outra metade da psique.
Assim podemos concluir que nós não temos um inconsciente para cada um, mas estamos todos "dentro" do inconsciente coletivo.
A mente consciente tem a capacidade de criar as noções de tempo e de espaço, podendo em certas circunstâncias ignorá-las. Ela está tanto dentro como fora de nós, e o que temos como limite não passa de uma convenção fruto da óptica que temos da vida. Sendo assim, estamos integrados a tudo que existe e nos tornamos parte daquilo que experimentamos.
Todo tipo de matéria é formado por átomos: o ar é composto de moléculas que são constituídas de átomos, o organismo humano é um conjunto de células que também são formadas pelos átomos, e tudo isso se encontra de forma a ser uma só massa de átomos. Desse modo, o que percebemos como corpo físico é a impressão de sólido que a mente interpreta como fenômeno somático. Assim como o mundo atômico, a mente é contínua, estando tanto dentro quanto fora de nós.
A mente consciente é que distingue o que é interno ou externo, bem como a
diferença entre sólido, líquido e gasoso. A percepção desses diversos tipos de matéria e o lugar que ocupamos no espaço é de acordo com nosso senso de realidade, porque, para a física, somos uma variação atômica dentro do universo indivisível.
Evolução é o nome dado ao contínuo processo da mente de devassar os níveis
inconscientes, ampliando a consciência e a lucidez. É como se no início fôssemos só inconsciente e por algum motivo a consciência nascesse e iniciasse sua viagem de expansão. Nasce também o tempo e o universo da realidade ou o universo sensorial.
Talvez cheguemos a desvendar o inconsciente totalmente e talvez aí a evolução termine...

MENTE, APARELHO REALIZADOR

A mente é um aparelho nas mãos do eu consciente. Seus atributos são
manipulados por ele e refletem na realidade interna (corpo físico) e externa (meio ambiente). Nele reside a habilidade realizadora (criar a realidade ou o que será sensorial) do homem. E dotado do poder de escolher o que é significativo no mar de estímulos cotidianos, também tem o poder de dar crédito em diferentes graus e de graduar a importância, o que gera diferentes níveis de impressão.
Este material vai para a mente inconsciente, que possui o aparelho realizador e o sistema de integridade, criando o cenário em que vamos ter nossas experiências.
O universo mental não se restringe a imaginar. Sua finalidade é tornar sensoriais e palpáveis os programas que a consciência estabelece como verdade e nos quais acredita. As experiências vividas são produtos da manipulação feita por você de seu aparelho mental. Vivemos de acordo com o que acreditamos e estabelecemos como verdadeiro para nós. Sendo assim, se não temos uma vida agradável, basta reformular nossas crenças para alterar o curso da existência.
Entre a lucidez do eu consciente e o mundo material existe a mente. Os
estímulos recebidos passam pelos órgãos dos sentidos para depois serem
interpretados pela mente; ela transforma estímulos em percepção. Ela é quem registra e assimila a existência de algo sólido ao redor.
Pode-se dizer que a realidade externa é um produto da mente. A solidez da matéria está na concepção mental, pois as partículas atômicas que formam todos os tipos de matéria contêm um vácuo entre os elétrons e prótons que gravitam em torno do núcleo dos átomos. A quantidade de massa sólida contida neles é mínima; a maior parte do composto atômico é vazia.
Assim, portanto, a matéria é uma sensação que a mente interpreta como sólido.
Pode-se dizer que a realidade é uma manifestação mental. Desse modo, a mente é o aparelho realizador que temos sob nosso comando. Não há contato direto entre o eu consciente e o mundo material, a mente se interpõe entre esses dois níveis, moldando a realidade e possibilitando a atuação do ser na vida.
Essa concepção da mente não é recente. Ela compunha os profundos
conhecimentos de alguns círculos esotéricos que se mantiveram restritos a uma casta de pessoas selecionadas. Também faz parte do antigo hinduísmo e do budismo. O próprio Buda, ao perceber que a mente era a causa do sofrimento, da dor e dos problemas humanos, deu sua contribuição, criando exercícios para educá-la.

CONTEÚDOS DA MENTE

Sistema codificador. E a capacidade de transformar as percepções em códigos
que possibilitam o entendimento. Atua na abstração dos fenômenos observados, criando conceitos. Reconhece os elementos registrados pelo som, visão e outros, simplificando-os em símbolos que exprimem a vivência pessoal. Organiza os conceitos básicos apreendidos, através da gramática e outros, constituindo a linguagem do pensamento, permitindo ao indivíduo formular idéias e tomar decisões.
O pensamento processa os conteúdos armazenados, que servem como uma
espécie de base para o comportamento.
Desse modo, a mente molda e transforma as energias vitais em elementos
vivenciais.
O ato de pensar é um processo magnífico que se utiliza das imagens registradas com significados específicos, para definir o comportamento. O som da sirene de uma ambulância, por exemplo, fará você ficar alerta caso esteja no trânsito; no entanto, se estiver dentro de casa, vai agir com indiferença. Um animal feroz no zoológico inspira tranqüilidade, porém se ele estivesse solto você ficaria apavorado.
Esse sistema compõe o senso de realidade.
Senso de realidade. E um conjunto de elementos que compõem o universo
consciente e favorecem na percepção e reconhecimento das sensações do corpo, bem como na identificação dos estímulos externos. É uma espécie de sensor e qualificador do que é real ou irreal. Ele possibilita nossa orientação pela vida. Nosso sistema nervoso é incapaz de saber se um fato existe no mundo externo ou se a mente o imagina, ele sempre reage da mesma forma. Imaginar um assalto ou ser de fato assaltado causa o mesmo efeito em nosso sistema.
O bom senso é uma capacidade de sua essência. Por meio dele temos a
possibilidade de discernir entre o que é adequado ou inadequado ao nosso sistema individual. Optamos pelo que é agradável e nos esquivamos daquilo que nos desagrada, norteando assim nosso fluxo pela vida. Desse modo são formados os valores verdadeiros ou padrões de referencial da realidade que movimentam as nossas virtudes. Ele pode ser obscurecido e negligenciado pela opressão social de modo a impor valores e padrões tidos como adequados. Assim, o senso de realidade assumirá condutas baseadas em ilusões, o que fatalmente criará uma realidade negativa. Já o bom senso, quando utilizado, leva à formação de valores e padrões que criam uma
realidade altamente favorável e positiva.
Poder de escolha. Representa um dos maiores atributos do ser humano. Ele
permite a cada um de nós articular entre as infinitas oportunidades de cada instante, levando-nos aos caminhos que desejamos seguir na vida. É um conteúdo do consciente.
Escolher é mover a atenção, e vontade é o nome da força que move o foco de
nossa atenção. Também aciona e gradua os conteúdos do consciente: quanto mais atenção pusermos em um determinado aspecto da vida, mais claro e vivido ele se tornará, imprimindo-se com mais profundidade em nossa memória, passando a ser importante entre as outras experiências vividas, criando, assim, nossos próprios critérios do que é ou não significativo.
A vida é repleta de opções. A todo momento estamos fazendo algum tipo de
escolha. Se estamos na rua, optamos por uma direção a seguir. Durante o percurso tomamos várias decisões, tais como o momento de atravessar a rua, a pista que vamos seguir no trânsito, e assim por diante. Se estamos em casa, decidimos o que fazer, a hora de dormir, etc.
Existem as escolhas mais relevantes, como assumir um relacionamento ou
terminar com ele, permanecer no emprego ou procurar outro.
Toda escolha desencadeia uma conseqüência. O que você está vivendo hoje é
fruto da escolha feita no passado. Seu posicionamento presente determina o amanhã. 
Por isso, saber decidir é tão importante quanto assumir as conseqüências de seus atos.
Escolher é um direito, arcar com as responsabilidades é uma necessidade.
Para escolher, você é livre, mas sempre receberá de volta as conseqüências
proporcionais a suas escolhas.
Em qualquer situação geralmente há alguma alternativa. Se você estiver se
sentindo sem opção, é porque você está muito alienado. Reflita um instante e pergunte a si mesmo: o que posso fazer agora para me sentir bem? Certamente haverá algo à sua escolha. Existe uma diferença entre o ideal e o possível: aquilo que é idealizado nem sempre sabemos ainda como tornar possível. No entanto, constantemente há uma possibilidade, e saber aproveitá-la é o melhor caminho para atingir seus objetivos.
Como fazer a melhor escolha?
No momento de decidir, o que movimenta sua atenção para fazer uma ou outra opção são os desejos. Eles são estabelecidos de acordo com os critérios mentais, e esses fatores são decisivos para qualquer escolha.
A atenção pode ser comparada a um farol cujo foco é direcionado para aquilo
que consideramos importante. Dar mais importância aos outros do que a si mesmo o faz querer agradar a todos. Nesse caso, ao lhe pedirem um favor, mesmo não podendo, você vai optar por atender, somente para não desagradar as pessoas.
A partir do momento que você revir e alterar essa postura de ser bom para os
outros e passar a importar-se mais consigo e com suas próprias coisas, terá sua atenção dirigida ao que lhe é próprio. Agindo assim, quando for convidado para uma festa ou para fazer um passeio, vai ponderar melhor, considerando o que representa para você estar com aquele grupo e não o quanto poderá significar para os outros a sua companhia. Desse modo, sua atitude é propícia para fazer a melhor escolha.

REGISTROS SUBCONSCIENTES

O subconsciente corresponde aos primeiros níveis do inconsciente, pode ser
definido como um estado de fraca consciência. É onde ficam registrados os conteúdos das experiências vividas, as remotas lembranças do passado que servem de fonte da consciência.
Exerce significativa influência nas atividades mentais. Desempenha importante função como arquivo do que você já validou e escolheu como verdade. Como são padrões de pensamento gerando constante interferência no fluxo dos pensamentos, que provocam as sensações físicas, produzindo energias vitais capazes de atrair ocorrências compatíveis com os modelos registrados e possibilitando o sucesso ou fracasso na vida do indivíduo.
E uma zona de execução das crenças e valores do ser humano, sendo, portanto, capaz de alterar as funções biológicas do corpo e criar situações no ambiente de acordo com as impressões gravadas nele.
Como são geradas as impressões?
Nós buscamos sempre ter um posicionamento acerca das informações
recebidas. Tudo que se vê, ouve ou vivência nos leva a refletir e formular idéias a respeito. 
Algumas experiências são consideradas válidas, outras não. Aquelas que
julgamos importantes damos crédito de realidade e dirigimos intensas forças vitais ou importância, ganham o poder de impressionar ou de se instalar em nosso subconsciente.
A idéia registrada serve como base para formular o raciocínio, e dele para a
ação. Essas idéias são os padrões que servem como referencial para classificarmos o que é certo ou errado, bom ou ruim. Aquilo que é reconhecido como verdadeiro compõe o universo psíquico do que é o real pára o indivíduo. Esses registros, em nível de subconsciente, servem como uma espécie de programa de computador, executando as operações de formação da realidade em nossa vida.
As impressões passam a agir automaticamente em forma de condicionamento.
Assim, em nível de consciência, elas se manifestam para nosso eu, na cabeça, na forma de idéias fixas, carregadas de intensa emoção, passam a exercer profundo controle em nossa maneira de pensar e agir.
Assim, se você ficar impressionado com as opiniões dos outros acerca de uma
situação ou sobre você, poderá tomar isso como verdade. Procure investigar em si mesmo se é aquilo que você sente. Caso contrário, formará falsas impressões que vão dirigir sua vida e determinar seu futuro. Por isso, não permita que as opiniões dos outros determinem sua maneira de pensar acerca da vida e de si mesmo.
Aprenda a discernir e a avaliar com seus próprios sentidos tudo aquilo que se
passa ao seu redor. Também seja você seu próprio sensor para medir suas qualidades, não dependa exclusivamente do ponto de vista alheio para se considerar bom ou se dar valor.
Apegue-se à sua capacidade de discernir, dependa somente dos resultados
obtidos para se sentir bom o bastante. Vale lembrar que só o fato de conseguir fazer algo já é de grande valor.
O subconsciente não possui discernimento, só aceita os registros que você
implantar nele. O poder de escolher o que é importante e que merece a devida atenção é um atributo do consciente. Esse é o centro propulsor das crenças.
O consciente constitui os pensamentos, estipula o que é verdadeiro, dirige a
atenção e gera impressões que fazem você acreditar que as coisas funcionam de um jeito e não de outro. É isso que faz com que cada pessoa tenha um estilo próprio de vida e crie um cenário repleto de situações particulares.
Então, você é aquilo que acredita ser.
Definir-se como vencedor atrai sucesso.
Dar importância aos obstáculos é viver criando derrotas.
Posicionar-se como vítima é transformar-se em pólo de atração de problemas e doenças.
Todo esse mecanismo de funcionamento da mente mostra que você atrai ou
repudia situações, oportunidades e pessoas de acordo com suas próprias estruturas mentais. 
Elas são responsáveis por tudo de bom ou ruim que acontece em sua vida.
O que são as estruturas mentais e como elas agem?
A constituição psíquica é formada pelas idéias às quais damos credibilidade.
Não se trata de pensamentos meramente especulativos, mas sim de intensas
impressões que tivemos durante o curso de nossas existências. Essas podem ser tanto positivas ou neutras como negativas, dependem da interpretação que se tem dos fatos.
As negativas são as estruturas que geram como conseqüência o medo, a
autocobrança, a inferioridade, a crueldade, etc.; e as positivas são as de auto-estima, de prazer, de coragem, de respeito e outras. Desse modo, determinamos o que é positivo, neutro ou negativo a partir de seus efeitos.
Temos o poder de criar, destruir ou reformular as estruturas mentais de acordo
com nossa vontade ou necessidade. No ambiente energético, elas são denominadas formas-pensamentos ou amebas.
Elas atuam como vozes dentro da cabeça, ditando normas e regras e obrigando nos a tomar determinadas medidas, a não nos esquecer dos compromissos, e assim por diante.
 Estão sempre nos cobrando fazer algo, que tomemos essa ou aquela
atitude frente a uma determinada situação e que tenhamos esse ou aquele
posicionamento. Quando não seguimos as recomendações, elas acionam os
mecanismos de culpa e autopunição. São formas condicionadas, ou seja,
automatizadas por nossa vontade.
Nós criamos essas amebas que ditam o que devemos ser e fazer. São regras de como se comportar e de como se relacionar com os outros, para não correr o risco de sermos desaprovados e rejeitados. São estruturas mentais e crenças que foram estampadas no subconsciente.
Um exemplo disso é uma criança que se sentiu rejeitada pelos pais. À medida
que foi crescendo, alimentou em si a crença de inferioridade, que a faz sentir-se pouco importante para os outros. Ao reforçar isso, a pessoa vai moldando o subconsciente e espelha no campo energético uma estrutura amebóide de inferioridade, que a faz sentir-se pouco importante. Esse sentimento atrai indiferença, e, mesmo que a pessoa se esforce para
agradar os outros, não obterá respeito. Por outro lado, o sentimento de rejeição aciona os mecanismos de defesa para ocultar a inferioridade. Essas defesas são outras tantas estruturas ou amebas que você estabelece de como tem de ser para agradar os outros e ser aceito.
Há inúmeras defesas. Uma delas é do tipo que faz o papel de "bonzinho" para
impressionar os outros e contar com a aprovação deles. Uma outra defesa é fazer o tipo gentil, aquele que é atencioso mas que faz da gentileza uma forma de evitar proximidade com as pessoas. Esse tipo tem medo de que os outros o conheçam profundamente a ponto de saberem até seus pontos fracos e, por causa disso, não o aprovem.
Todas as nossas atitudes e comportamentos são alimentadas por amebas, tanto pelas negativas como pelas positivas.
As amebas negativas que formamos e nutrimos impedem nosso progresso. São ilusões e fantasias que criamos acerca de nós, do mundo e das pessoas. As ilusões causam sofrimentos de toda espécie. Ao dar importância a elas, perdemos o contato com nossa essência e com a realidade. E em conseqüência dessas ilusões que temos uma vida cheia de desilusões e dificuldades.
Existe também no subconsciente um número razoável de amebas positivas. São elas que nos fazem avançar na vida. São elas as de autovalor, de auto-estima, de coragem, de empenho, de crédito em si mesmo, de certeza no próprio potencial, de fé no universo e nas bênçãos que poderemos obter, etc.
E importante saber distinguir quando estamos nos alimentando de uma ilusão ou quando estamos sendo movidos por uma de nossas necessidades reais, ou seja, discernir o ilusório do real. Para isso é fundamental ficarmos centrados em nós mesmos. O si mesmo é sua alma ou essência. Ela é a estrutura básica do ser que organiza e mantém todo o nosso sistema. Só ela pode saber o que realmente é melhor, e nunca a cabeça, que é programada por influências externas educativas.
Ê nela que fica o bom senso, a intuição ou sexto sentido, a vocação, a inspiração ou centro de motivação. Orientando-se por ela, seus falsos valores serão substituídos por verdadeiros.
A essa altura você deve estar se perguntando: por que criamos estruturas
negativas, se elas vão nos prejudicar? O motivo disso é que a maioria das pessoas nutre um sentimento de inferioridade em relação a si mesmas. Somos criados numa sociedade comparativa, desde crianças somos cobrados a ser iguais aos outros.
Os pais reforçam isso quando dizem a seus filhos: "Por que você não estudou como seus colegas? 
Seu irmão passou de ano, você não". Essas mensagens criam em nós o
hábito de sempre nos espelharmos nos outros e seguir exemplos. Quando não
conseguimos, nos desaprovamos e passamos a nos sentir inadequados. Desse modo, não estamos operando o aparelho psíquico adequadamente. Geramos impressões contrárias ao progresso interior, que danificam nosso sistema de integridade.
Em se tratando de amebas negativas, existe uma outra também famosa: é a do "tem quê". A todo instante ela cobra de você e obriga-o a fazer coisas que ela julga serem adequadas, mas nem sempre é aquilo de que você tem vontade. Esse termo,"tem quê", ecoa na mente empurrando-o para dentro, provocando cansaço, peso nos
ombros, na nuca, respiração ofegante, enfim, um desconforto físico geral. Ele tira seu ânimo, dando uma sensação de angústia. O termo ânimo significa alma; essa ameba nega a alma por julgá-la irresponsável. Com ela as pessoas se mascaram, comprometem a espontaneidade, perdem a liberdade e o bom senso.
Há um número incontável de estruturas mentais negativas que criamos e
alimentamos. Dentre elas se destacam:
"Não sou capaz de ter sucesso na vida."
"Não sou tão bom quanto meus colegas de trabalho, por isso não tive a
promoção que esperava."
"Para mim as coisas nunca dão certo."
"Se eu for muito íntimo dos outros, eles vão conhecer meus defeitos e não vão gostar de mim."
Estruturas como essas podem estar há anos ativadas e causando obstáculos em sua vida. Mas não é o tempo de permanência do padrão limitante que conta. 
Pode-se nutrir uma estrutura durante anos, porém não é isso que a torna mais forte nem mais difícil de ser modificada, mas sim o crédito, a fé que é depositada nela. Isso porque é o consciente que tem noção de tempo, e não o subconsciente. Para este, o tempo é sempre o presente, por isso qualquer mudança pode ser feita agora.
Não pense você que, pelo fato de ter sido de um jeito durante toda a sua vida, você não pode mudar. A qualquer momento é possível fazer uma reformulação dos valores internos e encarar a vida de outra forma. Basta não dar importância ao velho e permitir-se a renovação, acreditar nos potenciais que existem em você.
Ao mudar as estruturas mentais, você estará fazendo uma completa
reformulação em sua vida. Mesmo que as situações ao redor continuem iguais, você vai encará-las de forma diferente. A mudança interior é fundamental para alterar o curso de sua existência.
Resta saber se você está mesmo disposto a se transformar ou se prefere
continuar com a mesma cabeça.
Às vezes a vida material está boa, porém o emocional não, ou vice-versa. Caso você não seja uma pessoa realizada, é necessário fazer uma reformulação interna para conquistar a felicidade.
Para o trabalho interior com as amebas, observe-se sem crítica, julgamentos,
cobranças ou culpa, porque isso poderá acionar seus programas de autodefesa, o que impedirá a identificação dos conteúdos, bem como a reformulação deles.
O que é necessário então para eliminar uma estrutura negativa? Em primeiro
lugar, estar disposto a mudar. Em segundo, é preciso perceber que tipo de estrutura você vem mantendo em sua vida. Quais as mais habituais: positivas ou negativas?
Diante de uma situação inusitada, você encara com otimismo ou pessimismo? Acredita que a vida é benéfica ou prejudicial? Você se estima e se aprova ou fica esperando que os outros o façam? Confia que o sucesso econômico esteja ao seu alcance ou se sente fadado ao fracasso?
Para enfraquecer as amebas negativas é necessário que você use seu poder de anulá-las. Para tornar neutro algo a que você deu muita importância, muita força, basta apenas tirar-lhe a importância. Tudo que é verdadeiramente desprezado perde o poder e desaparece.
Por fim, para a reformulação interior ficar completa é necessário nutrir bons
pensamentos e, sobretudo, acreditar neles. Comece a pensar dessa maneira:
"Sou importante para mim e digno de ter uma companhia agradável."
"Sou uma pessoa simpática."
"E seguro ser eu mesmo."
"Sou capaz de ter sucesso na vida."
Não permita que as amebas negativas atrapalhem sua positividade. Se algum
pensamento contrário ao positivismo vier à cabeça, trate-o com indiferença. Não lute contra nem brigue com ele, pois essa atitude fortalece as amebas negativas. Quando você estiver empenhado em gravar uma estrutura positiva, a negatividade vai invadir sua mente. Não se deixe perturbar por ela, assuma seu poder de escolha e opte por aquilo que é melhor para você. Afinal, o poder de escolha é sempre seu.