terça-feira, 25 de outubro de 2011

Espetáculos espíritas em cartaz

EM CARTAZ: O Semeador de Estrelas
A peça retrata a vida e obra do médium Divaldo Pereira Franco, num espetáculo musicado, com texto de Cyrano Rosalém e Direção de Renato Prieto. Divaldo Pereira Franco é autor de mais de cento e cinqüenta livros traduzidos para 14 idiomas. Divaldo é conhecido por seu trabalho social com as obras assitenciais da casa de caridade “A Mansão do Caminho” em Salvador (BA), com aproximadamente três mil crianças, além de realizar seminários e congressos em todo o mundo. Elenco: Paulo Paixão, Renato Prieto, Rosana Penna e Sylvia D’Silva. Música: Cayê Milfont. Serviço "O Semeador de Estrelas" Sábado – 18h / Domingo – 17h Desconto especial para Sócios do Clube Amigos da Boa Nova (Imprescindível apresentação da carteirinha de associado) Local: Teatro da Feesp - Rua Maria Paula, 140, Bela Vista, São Paulo/SP. Informações: (11) 3115-5544. Classificação: 10 anos Há Dois Mil Anos
Esta é a nova versão deste clássico da literatura mundial, publicado em quase todo o mundo, que associa uma grande história de amor, a reflexão universal sobre o sentido da vida e dos atos que aqui praticamos. Inspirada numa das existências do espírito de Emmanuel, e psicografada pelo saudoso Chico Xavier, a história narra a trajetória do Senador Romano Públio Lêntulus e de sua esposa Lívia, que simbolizavam a força do Império construído pela Roma antiga. Ao encontrarem Jesus, numa viagem feita à Palestina para a cura da filhinha doente, vêem toda a sua vida ser transformada, num turbilhão de fatos que até hoje são exemplo de superação, renúncia e fé. Serviço "Há Dois Mil Anos" Sábado: 21h e Domingo: 19h Ingresso: R$ 30,00 (R$15,00 mediante doação de 1kg de alimento não perecível) Sócios do Clube Amigos da Boa Nova: R$ 12,00 (Imprescindível a apresentação da carteirinha de associado) Local: Teatro do Ator - Praça Franklin Roosevelt, 172 (próximo da Igreja da Consolação e da estação República do metrô), São Paulo/SP. Informações: (11) 3082-2020. Laços Eternos
Com a adaptação deAnnamaria Dias a peça narra a história de Nina que desencarna aos doze anos de tuberculose tinha doze anos, e morrera de tuberculose. Ao sentir falta da família que era muito carinhosa, para auxiliá-la, os amigos espirituais que sempre a acompanharam e protegeram, obtiveram autorização dos seus superiores, para levá-la em uma viagem astral, através do tempo e do espaço, retroagindo até uma de suas vidas passadas. Serviço “Laços Eternos” Domingo: 20h Desconto especial para Sócios do Clube Amigos da Boa Nova (Imprescindível a apresentação da carteirinha de associado) Local: Teatro Santo Agostinho Rua Apeninos, 118, Vergueiro, São Paulo. Informações: (11) 3209-4858

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Divaldo Franco em evento da USE - Santo André
De 23 a 30 de outubro a USE – Santo André realizará a 60ª Semana Espírita de Santo André, com o tema central “Amor e União – Bases da ação espírita cristã no século XXI.” Programação Dia 23 (domingo) 15h00 Abertura com a Infância Evangelização das Casas Espíritas Tema: O Futuro Presente Local: Parque Regional Prefeito Celso Daniel – Av. D. Pedro II, 940, Centro, Santo André/SP. Dia 24 (segunda-feira) 20h00 Abertura do Ciclo de Palestras Tema: Central Conferencista: Divaldo Pereira Franco (BA) Apresentação Artística: Paula Zamp Local: Clube Atlético Aramaçan – Rua São Pedro, 345 A partir do dia 25, a programação será realizada em um único local: Parque Regional Prefeito Celso Daniel – Av. D. Pedro II, 940, Centro, Santo André/SP. Dia 25 (Terça-feira) – 20h00 Tema: Família – Base para uma mundo melhor Palestra Cantada Cantor: Vansan – SP Dia 26 (Quarta-feira) – 20h00 Tema: Repensando a vida em família Conferencista: Profª Heloísa Pires – SP Apresentação Artística: Grupo Canto Livre – Santo André Dia 27 (Quinta-feira) – 20h00 Tema: A família – União e coração em busca da verdade Conferencista: Dr. José Carlos de Lucca – SP Apresentação Artística: Coral Obreiros da Caridade – Santo André Dia 28 (Sexta-feira) – 20h00 Tema: Descobrindo a felicidade através da educado do ser Conferencista: Richard Simonetti – Bauru/SP Apresentação Artísitca: Coral União em Busca da Paz – Santo André Dia 29 (Sábado) – 20h00 Tema: Realidade atual – Desafios e perspectivas como base do amor e da união Conferencista: Dr. Eliseu da Mota Jr. – Franca/SP. Apresentação Artística: Coral Cantares – Diadema/SP Dia 30 (Domingo) – 16h00 Tema: Um mundo em transformação é a Era da regeneração na Terra Conferencista: André Luiz Ruiz – Campinas/SP Apresentação Artística: Orquestra e Coral Carlos Gomes / FEESP Serviço U.S.E. Municipal de Santo André Rua Chuí, 801, Vila Pires, Santo André/SP. Telefone: (11) 4454-2773 / 4971-6392 Ingresso: 1kg de alimento não perecível

terça-feira, 18 de outubro de 2011

A VISÃO ESPÍRITA DA MATERNIDADE / PATERNIDADE ADOTIVA


A VISÃO ESPÍRITA DA MATERNIDADE / PATERNIDADE ADOTIVA
(matéria publicada na Folha Espírita em novembro de 2006)

Maternidade adotiva, um exercício de Amor
Por Camila de Andrade

O pediatra e homeopata Marco Antônio Pereira dos Santos é pai de dois filhos biológicos, mas seguiu a tradição dos pais, que haviam adotado quatro, e dos irmãos, que também se dedicaram a essa tarefa, adotando outros sete. Assim, segundo relata, faz parte de uma família com “mais ou menos” 25 filhos de “maternidade adotiva”. Membro do Projeto Acalanto, um grupo de pessoas da comunidade, pais e filhos adotivos ou não, que, voluntariamente, se propõe a desenvolver um trabalho de esclarecimento, estímulo e encaminhamento à adoção, em São Paulo (SP), ele fala, abaixo, do exercício da maternidade e do quanto é importante estar uma criança no seio da família.

Folha Espírita – O que é a maternidade adotiva?
Marco Antônio Pereira dos Santos – A adoção é um termo ligado à possibilidade de uma mãe que não tem condições biológicas naturais, por infertilidade, por uma série de situações, de, juridicamente, conseguir filhos. Ou seja, ela tem um contexto muito mais jurídico, do que social, uma vez que, conduzido o trâmite legal, essa maternidade se torna igual à outra comum. Biologicamente, a mãe não conseguiu ter um filho, mas, após o processo jurídico da adoção, aquele filho passa a ter direitos iguais a um herdeiro biológico.

FE – E ela é uma maternidade especial?
Santos – Sim, é especial porque, apesar de não ser uma maternidade biológica, gestada no útero, o é no coração, na mente. As pessoas que se envolvem, tanto o pai quanto a mãe e a família, têm de ter uma vontade forte e compromisso com esse ideal, porque as dificuldades jurídicas, familiares, sociais e psicológicas devem ser levadas em conta e são importantes. A maternidade biológica pode ser um acidente, pode não ter sido desejada, e a vontade de Deus pode se expressar independentemente da nossa. Então, através da fertilidade natural da mãe, o plano espiritual pode programar aquela reencarnação mesmo que não seja de forma consciente da mãe naquele momento. O momento em que a mãe sabe que está abrigando um novo ser é de reflexão, de compromisso com a vida, e a partir daí se estabelece a maternidade biológica. No caso da maternidade adotiva, é uma gestação diferente, em que não há alteração do corpo da mulher, mas, sim, toda uma preparação, que pode ser feita, inclusive, por grupos de adoção como o nosso, Projeto Acalanto, onde as pessoas vão freqüentar, ouvir palestras e se preparar para as dificuldades que podem surgir, já que a maternidade e a paternidade adotivas são diferentes da biológica.

FE – Qual a proposta básica do Acalanto?
Santos – Evitar a institucionalização de menores e prevenir o seu abandono e marginalização. Para isso, promove um elo entre as crianças desassistidas e núcleos familiares estruturados, aptos a ampará-las.

FE – Como a adoção chegou à sua vida?
Santos – Eu já tinha dois filhos biológicos e quis ampliar esse relacionamento abrindo a possibilidade de resgatar pendências que eu tenha deixado em outras vidas e que se manifestaram através da maternidade.

FE – Você já foi criticado por conta disso?
Santos – A crítica é natural da ignorância, porque quando você não vive uma experiência é natural que você critique aquela pessoa, que talvez queira viver aquela experiência. Meus pais já tinham adotado, e depois, meus irmãos e eu. Temos mais ou menos 25 pessoas ligadas à experiência adotiva em nossa família, todas elas agradáveis e que nos estimularam a repeti-la.

FE – Como funciona isso espiritualmente? O espírito escolhe quem vai reencarnar e adotar outro?
Santos – É sempre uma programação diferente em cada caso. Naquelas pessoas que já trabalham mais com a idéia adotiva eles incluem a adoção no seu planejamento familiar. Várias pessoas têm o desejo secreto de adotar, mas, ao chegar aqui na Terra, em razão das dificuldades econômicas, sociais e familiares, elas se esquecem um pouco desse projeto, que fica escondido em suas mentes como um desejo secreto que pode ser transformado depois.

FE – Afinal, todas as mulheres encarnadas precisam ser mães?
Santos – Essa é uma excelente pergunta. Existem quatro oportunidades, como espírito, para os serviços ligados à maternidade. Se eu for homem encarnado não posso ser mãe, se for desencarnado também, tanto homem quanto mulher. Ou seja, como mulher encarnada, tenho a única possibilidade de ser mãe, com um índice de 25%. Assim, biologicamente, nasço com os implementos próprios da maternidade – seios, útero, ovário, etc. Isso é uma certa orientação da espiritualidade que aquele indivíduo deve aproveitar aquela encarnação para evoluir mais rapidamente. E a maternidade é uma oportunidade de evolução maravilhosa.

FE – Então, o encontro da família adotiva não é casual?
Santos – Na maioria das vezes, para não dizer todas, é um planejamento superior. Veja bem, se uma criança nasce para ser filho biológico de A + B, mas, infelizmente, é abandonada, pode haver uma reengenharia, sim. Tem gente que prefere deixar aquele compromisso pendente, mas em uma próxima encarnação terá de resolvê-lo. É como uma matéria da faculdade: você não pode passar de um ano para outro se deixar uma pendência. Essa visão é muito mais ampla que a lei do carma, da reencarnação, de causa e efeito, que nos abriga a ser pais. Não existe obrigação, existe a lei do amor, que nos oferece uma oportunidade.

FE – Como o tratamento espiritual pode ajudar nessas pendências?
Santos – A convivência com a criança adotiva não é fácil. Aqueles que pensam que é só adotar e as estão resolvendo estão errados. A adoção começa ali, não termina ali. Ou seja, a partir de determinado momento a criança passa a ser filho. Você vai com ela para casa para construir uma família, algo que não é tão simples. Quando temos filhos biológicos é mais difícil ainda, porque temos de encaixar aquele elemento num planejamento que já existia. Além do lado idealista, existe o econômico, psicológico e afetivo, que precisam ser bem dimensionados. Mas eu diria que é uma experiência importante, que a casa espírita ajuda muito, através do passe, da água fluidificada, de tratamento desobsessivo. Assim como existe programação espiritual positiva, às vezes, também pode existir negativa, ou seja, podem não querer que aquela criança chegue à nossa casa. Ela pode trazer os “amigos” que querem evitar a sua convivência harmônica. Tratamentos psicológico, pediátrico e homeopático ajudam bastante.

FE – Que mensagem o senhor daria para aqueles que querem adotar, mas têm dúvidas e medo?
Santos – É uma experiência importante na vida do espírito, vai lhe trazer muito amadurecimento, oportunidade de exercitar a maternidade, além dos laços biológicos. Nós precisamos amar a todos, sentir que Deus é nosso pai e todos nós somos irmãos. Então, a maternidade ou paternidade adotiva é um exercício de amor.


Conheça mais sobre o trabalho do Projeto Acalanto
Para conhecer mais sobre o Projeto Acalanto acesse o site http://www.adocao.com.br/acalanto.htm ou fale com a entidade através do telefone (11) 3976-1160. Ela fica na rua Madre Nineta Junata, 126, Freguesia do Ó, São Paulo (SP).

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Psicopictografia (Pintura Mediúnica)


O fenômeno mediúnico é chamado de psicopictografia (Pintura Mediúnica), processo que permite a manifestação do plano espiritual através das mãos e dos pés de um médium.

Os quadros ficam energizados através da captação da médium, sendo ela a receptora e distribuidora das energias, tanto para o quadro, quanto para o público que a assiste. O quadro fica condensado com essas energias, que através de vários testemunhos e comprovações de sensitivos, fazem a casa ou lugar onde o colocam ficarem equilibrados.

Os pintores manipulam as energias do publico como também a dos médiuns presentes para ajudar os desencarnados desequilibrados, trocando a energia negativa do doente com a energia positiva que é gerada pelo trabalho.


Valdelice Salum, nunca estudou arte ou aprendeu a pintar. Ela é uma médium de Psicopictografia e desenvolve seu trabalho há mais de 30 anos. No seu início foi orientada pelo médium Chico Xavier que disse a ela de sua capacidade e que deveria desenvolvê-la. Foi o que ela fez, mas sempre orientada pela base da filosofia contida no Evangelho de Jesus Cristo. Ela trabalha com vários artistas desencarnados que foram, no passado, pintores famosos voltando hoje para dar testemunho da imortalidade do espírito, dando uma prova mais do que necessária para os dias de hoje, de que a vida que vivemos hoje é uma apenas, dentre tantas que virão.


Os pintores trabalham através de Valdelice, como também de outros médiuns usando o potencial mediúnico que cada um tem, conforme suas condições. Quanto mais elevado moralmente o médium, melhor e mais fácil a sua captação espiritual, sempre de acordo com a simpatia energética e pessoal do desencarnado para o encarnado. Eles, através dos quadros conseguem em certos casos dar ajuda não só psicológica mas também energética para aqueles que assistem ao trabalho.
Chico Xavier, conversando com a médium, disse que seus quadros e seu trabalho são de Evangelização através das cores, para todos os espíritos, encarnados e desencarnados. Sabemos através de Albert Einstein que cada cor vibra numa determinada faixa atômica do nosso corpo, ajudando na nossa saúde física e mental. Esse trabalho de projeção de luzes coloridas (cromoterapia) que os nossos amigos pintores fazem durante o transcorrer do trabalho depende do assistido captar ou não essa energia.

Durante o Trabalho, há de se observar o perfeito domínio dos pintores sobre as tintas, as quais não se misturam mantendo as características de cada cor.

Os artistas estão fazendo uma enorme força para passar essas energias, rebaixando seu padrão vibratório e repetindo seu estilo de pintura de muitos anos atrás, oferecendo assim uma prova de sua imortalidade, ora com a mão esquerda, ora com a mão direita, ou até simultaneamente, acontecendo também com os pés.

Em tantos anos de trabalho, Valdelice, que jamais freqüentou a escola, já pintou telas assinadas por Picasso, Monet, Renoir, Portinari, Miró, Dali, Aleijadinho, Anita Malfatti, Cézanne, Lasar Segal, Manet, Vincent Van Gogh, Tarsila do Amaral, Matisse, Toulouse-Lautrec e entre outros grandes artistas.

Nasceu em Condiuba, interior da Bahia, chegou em São Paulo com sete anos de idade, depois de casada mudou-se para o interior, época que resolveu procurar Chico Xavier, com o intuito de compreender a mediunidade aflorada desde a infância. "Contei o que se passava comigo e ele mandou que eu procurasse um centro para desenvolver minha mediunidade, pois os artistas estavam ali do meu lado, aguardando o momento de dar início ao trabalho". Assim entrou na doutrina com fé, confiança em Deus e foi esperando o que o destino lhe reservava.

Sua primeira aparição em público aconteceu no Lar Maria Lobato de Freitas, em Uberlândia, onde permaneceu 17 anos.

Em entrevista a revista Cristã de Espiritismo Valdelice conta sua trajetória de trabalho e a experiência de ser envolvida por grandes nomes da pintura.

Quando a mediunidade surgiu em sua vida?
Ainda criança via as telas que os espíritos mostravam, na roça, onde morava, eu olhava para o céu e enxergava elas formarem-se e caírem em forma de escadas, mas como não tinha conhecimento de arte naquela época, nunca tinha ouvido falar em galeria, cultura, nem nada disso, não entendia o significado, só depois de casada, que tive oportunidade de adquirir mais conhecimento e de ver obras em livros.

Como ocorre seu processo mediúnico?
Fiquei seis anos rasbicando, desenvolvendo coordenação motora, porque sou analfabeta, sei apenas ler, mas não escrever. Eu os vejo formando uma fila atrás de mim, durante o trabalho eles vão chegando, às vezes outros médiuns videntes também vêem, desde o inicio sempre foi assim. Eu fico totalmente envolvida, as cores, a beleza são bem diferentes da Terra, por mais que se esforcem para passar com toda a fidelidade possível. O importante é transmitir a mensagem através do amor, a energia que eles colocam nas telas, principalmente as cores que são utilizadas como uma espécie de cromoterapia feita com o público presente.

Hoje você procura aprender alguma técnica de pintura para que possa ajudar no trabalho mediúnico?
Não, inclusive no começo me mandaram procurar artistas plásticos para o meu desenvolvimento, a fim de facilitar a manifestação dos espíritos. Na dúvida mais uma vez perguntei a Chico Xavier o que fazer e ele questionou se eu queria ser artista, respondi que não, que não tinha pretensão, nem capacidade para isso, então disse para não me preocupar, porque não seria eu que iria pintar, mas sim os espíritos, cada um fazendo o seu próprio estilo de pintura.

Existem dias e horários específicos para a manifestação?
Sim, desde o início a manifestação acontece nos dias e horários pré determinados por mim.

Você leva esse trabalho em outros locais também?
Não só em centro espírita, mas em outros lugares que sejam filantrópicos com a finalidade de ajudar, já fomos na maçonaria, asilos, creches, etc.

Os trabalhos já foram analisados por peritos em arte?
Sim, certa vez, por exemplo, duas senhoras que trabalham com cubismo, foram assistir o Picasso pintar, foram duvidosas, achando que não era ele, depois pediram para dar o testemunho, porque durante a apresentação ele deu a diferença de um cubismo sintético e analítico, detalhes que somente um conhecedor profundo de arte sabe reconhecer.
Um outro artista chamado Marcos Garrot também nos disse que é impressionante, porque uma pessoa que começa um trabalho artístico não tem a firmeza para desenhar um traço ou um esboço, mesmo que se tenha 20 anos de pintura, mesmo assim, é impossível repetir o trabalho de tantos artistas diferentes.
Em uma apresentação para a T.V., foi solicitada a presença de um perito em arte na área judicial, para comentar meu trabalho. Quando perguntado pela veracidade do trabalho, o mesmo se impressionou com a qualidade artística das obras e em análise mais profunda da obra de Vincent Van Gogh disse ele: " O quadro tem a caligrafia pictórica do artista ou seja os movimentos que o artista faz para pintar ".

Nesses trinta anos de trabalho com a pintura, você sente que hoje conhece um pouco mais sobre pintura?
Nós vamos aprendendo, já conseguimos diferenciar os trabalhos, pois até a postura do artista muda, não é só um envolvimento, a forma como coloca a mão, peculiaridades pequenas mesmo.

Na sua opinião qual é o grande objetivo do trabalho com a pintura?
Provar que a vida continua e fazer a caridade que esses espíritos não conseguiram realizar em vida, ajudando assim aqueles que precisam, dar também assistência espiritual para o público presente encarnado ou desencarnado.

E você como se sente de ser um instrumento de ajuda?
Sinto-me feliz por saber que as obras deles ajudam as pessoas que precisam, sempre aprendendo com eles, fico contente de doar um pouco do meu tempo, que é a única coisa que posso dar, essa é a minha grande alegria.
Como o Chico Xavier disse: “É um trabalho de evangelização através das cores”.

Aos médiuns que sonham hoje em realizar um trabalho com a pintura mediúnica, que mensagem você daria a eles?
Principalmente saber se possui a mediunidade de pintura, depois não ter pressa em se apresentar, deixar eles desenvolverem a coordenação motora até que cada artista tenha a condição de mostra a sua personalidade e estilo artistico que fez em vida, para aqueles que não acreditam na vida após a morte.

Como é utilizada a verba da venda das telas?
Cada lugar que nós vamos fazer a divulgação do trabalho, nós levamos as telas, que são vendidas no local e a renda fica para a entidade que estamos ajudando, bem como para mantermos nossa instituição e para mantermos o nosso trabalho como um todo.
As que foram pintadas no dia nós sorteamos entre aqueles que se interessam, porque cada trabalho é um tratamento através das cores, e aquela pessoa que precisa ter a obra para continuar absorvendo mais energia, é sorteada. É destinada também aos trabalhos sociais mantidos pela nossa casa e a entidade que nos convida, como também manter esse trabalho como um todo.

Como surgiu à Casa Fraterna Francisco de Assis que você dirige?
Há uns anos atrás os espíritos pediram que abríssemos, a idéia a princípio era abrir em Uberlândia, mas meu marido ficou doente e tive que me mudar para Indaiatuba, e por causa da doença dele fui obrigada a diminuir o trabalho, depois que ele faleceu me mudei para São Paulo então abri junto com outros companheiros a nossa pequena casa espírita.

A Sra. já fez alguma apresentação Internacional?
Valdelice tem sido convidada para várias apresentações no Brasil inclusive no exterior como segue abaixo as principais:
• em 92 no Programa Goulart de Andrade;
• em 94 no Programa Tineke World (T.V. Holandesa);
• em 94 esteve na Holanda a convite de um grupo de Holandesas que estudam fenômenos espirituais onde fez um total de 30 apresentações em várias cidades;
• em 95, 96 e 97 apareceu em vários programas de televisão na T.V. Bandeirantes;
• em 97 fez apresentações em Portugal e França;
• em Abril de 98 no Programa Globo Repórter da Rede Globo;
• em Maio de 99 esteve na França e pedido de L´Union Spirite Française et Francophone na pessoa de seu ilustre presidente Roger Perez e de Anita Beckerel e Antonio silva onde fez 10 apresentações;
• em 99 fez uma apresentação em Genebra a convite de Terezinha Rey presidente da L´Union dês Centres D´Estudes em Suisse;
• em 99 fez uma apresentação na Bélgica em Liége a convite da Fedéracion Spirite de La Pronvince de Liége;
• em Outubro de 99 no Jornal da Bandeirantes, num documentário sobre a paranormalidade;
• em Dezembro de 99 no Programa do Ronie Von da CNT;
• em Maio de 00 fez uma turnê em todos os Centros da Suíça a convite da União Suíça na pessoa da presidente Terezinha Rey, e algumas apresentações na França e na Bélgica no total de 15 apresentações.

Em Maio de 04 fez uma apresentação no Canadá, na cidade de Montreal, a convite da Dra. Marlene Nobre e um grupo espírita, para a inauguração de sua casa de estudos.


Veja mais em http://www.pinturamediunica.com.br/inicial.asp

Outros Médiuns

Pintura Mediúnica - Florêncio Anton - 25/2/2011 from Associação Espírita Luz Amor on Vimeo.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Exilados da Terra


Os Exilados da Terra
Desde o ano passado está sendo divulgado pela doutrina espírita que o nosso planeta está passando por uma fase de mudança.
A mensagem chegou através de Divaldo Franco no Congresso Espírita Nacional. A mensagem foi recebida com felicidade pela comunidade espírita que sabe que estamos tomando rumo para uma nova era no nosso planeta. Mas que era? Será boa ou ruim? Quando isso acontecerá definitivamente e o que é necessário para que isso aconteça?
Um planeta, assim como nós espíritos, também sofre transformações e mudanças ao longo de sua existência. Essa evolução, porém, depende da vibração em que seus habitantes se encontram. Por exemplo, se os habitantes vibram como espíritos primitivos, logo o planeta será primitivo, se vibram como perfeitos, o planeta será feliz.
Nosso planeta caminha agora para o status de Planeta de Regeneração, ou seja, deixa de ser um Planeta de Provas e Expiações.
Num Planeta de Regeneração, segundo Kardec, os espíritos não são nem tão bons para fazerem só o bem, mas nem tão maus para fazerem só o mau, pendem ora para um lado, ora para outro. Ainda são apegados às coisas materiais.
Os espíritos nos disseram que essa passagem é demorada e que se implantará definitivamente por volta de 200 anos, o que parece muito para nós encarnados, mas que no mundo espiritual, passa como segundos. E para que isso aconteça não é necessário muita coisa de nossa parte, já que isso é a lei, a Lei de Evolução, porém, para vivenciarmos isso precisamos evoluir vibrar com as mesmas vibrações que a existência nesse planeta exige, senão, estaremos condenados, assim como os capelinos, de sermos exilados em outro planeta cuja as vibrações sejam compatíveis com as nossas. Seremos então os Exilados da Terra.

Sugestões de Leitura


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

São Francisco de Assis

SÃO FRANCISCO DE ASSIS






O calendário marcava 26 de setembro de 1182, nasce Francisco Bernardone do ventre de Maria Picalini Bernardone e Pietro Bernardone, na cidade de Assis, Itália. Antes vamos ressaltar o ecumenismo que cerca a figura deste santo, o mais querido que já passou pelo plano terrestre; venerado pelos católicos, admirado pelos protestantes e por outras filosofias. Francisco nos deu o exemplo que é possível viver uma vida reta, basta viver este Deus que mora no seu coração.
Na visão espírita, Francisco de Assis fora João Evangelista, aquele discípulo querido, responsável pela vida de Maria, após a volta de Jesus ao seu verdadeiro reino. Daí talvez explique a adoração de Francisco à Nossa Senhora. Esta mesma visão explica o porquê de seu nome mudado. Sua mãe queria chamá-lo de João, mas acabou sendo batizado de Giovanni Di Pietro(pai) Di Bernardone(avô), mudado para Francisco depois de um sonho que seu pai teve pouco antes da criança nascer onde João Evangelista pregava e falava lindas palavras de amor para Pedro, detalhe, nesta época João Evangelista trocou de nome para fugir dos assassinos dos cristãos, seu nove nome era Francisco, Pai Francisco para seus fiéis amigos. De onde saiu o nome de nosso biografado.
É bom ressaltar que na época que Francisco nasceu, tínhamos uma igreja católica dominante e corrupta, onde pecado era ser pobre. No Egito e na Síria dominava o sultão Saladino, o comandante da 3ª cruzada, onde os muçulmanos venceram o temido Ricardo Coração de Leão, este sultão marcou sua história na idade média contribuindo para a calamidade universal como conquistador. As cruzadas eram tão maléficas quanto a inquisição iniciada por Torquemada em 1420.
Os primeiros biógrafos de Francisco contam que este teve, como toda criança, uma infância cheia de travessuras, até os 20 anos ajudava e era orgulho do seu pai nos negócios.
Até que decidiu ir para guerra contra Perusa em nome de sua cidade. Foi preso e depois de um ano resgatado pelo pai por motivo de doença, juntamente com toda a classe burguesa que estava na guerra. Foi nesta época que teve os primeiros contatos com o evangelho.
Alguns livros contam que antes de ir para guerra, Francisco teve contato com os empregados de seu pai, todos em condições sub humanas. E toda vez que tinha contato com qualquer um dos empregados ele ia interrogar sua mãe: "Por que nós somos ricos e comemos bem e eles não?" Entre outras perguntas que sua mãe não sabia responder. Foi para guerra em busca de poder para mudar esta situação que via no seu lar e era e é reflexo do mundo. Mas, todos indicam que no período de sua doença enfrentava também uma batalha interior indescritível, como a luta do bem divino e do mal terrestre. Ainda, depois, enfrentou parte de outra guerra na Apúlia, mas volta ao perceber que não é a guerra a solução para os problemas e sim o exemplo. Foi quando e extrema guerra interior, Francisco pediu com humildade à Jesus que iluminasse seu caminho e lhe levasse a sua vocação. Foi em 1205, nos seus 24 anos de idade, onde recebeu sua revelação do crucifixo de São Damião: - Francisco!... Constrói a minha igreja!... - Francisco!... Constrói a minha igreja!... - Francisco!... Constrói a minha igreja!...
Depois disso, abandonou tudo e saiu em busca de sua paz ajudando doentes, confortando miseráveis e leprosos, amando todos como irmãos. Foi tido como louco depois de vender e dar tudo o que possuía aos pobres. Mas a alma generosa tornou-se mais forte com o desprezo. Seu pai, não aceitou seu modo de vida e depois de uma surra, sobre calúnia prende-o no porão de casa. Foi solto por sua mãe, quando o pai foi viajar. Mas, ao voltar, percebendo que o filho não iria mudar de ideal, quis apenas receber o dinheiro que Francisco gostaria de gastar com os pobres e com a igreja. Francisco resolve entregá-lo com amor, pois não era apegado a este bem. Vai ao bispo e renunciou a tudo, e sem mais, tira sua roupa e fica nu perante todos, livre assim a tudo que o prendia a seu pai terrestre. Foi assim que Francisco tratou de desprezar a própria vida mundana para encontrar como pobre a felicidade que tanto almejava.
Depois do fato ocorrido, Francisco, com roupas curtas, fora assaltado. Ao ver que nada possuía, os bandidos lhe deram uma surra e o jogaram em uma fossa cheia de neve, ao sair, ficou feliz e começou a cantar pelo bosque com louvores. Foi viver em um mosteiro, onde ganhou apenas uma túnica e um pouco de caldo sendo servente na cozinha. Saiu de lá por necessidade, e quando seu nome ficou famoso, os monges pediram desculpas pelo descaso.
Foi tranqüilo para um leprosário, lavando-os da podridão e limpando sua chagas. Esta deve ter sido uma das fases mais difíceis para ele, quando vivia em pecado, não suportava chegar perto de um leproso, depois de sua conversão, beijava as chagas como se fossem de Jesus. Não nos cabe aqui falar sobre todas as virtudes e milagres que são tantos, que poderíamos fazer um livro de muitas páginas.
Em janeiro de 1206 começa a reparação da capela de São Damião em 1208, também o de San Pietro e Santa Maria Degli Angeli ou Porciuncula, que era dos beneditinos e fora emprestada a Francisco onde passou a ser o berço de uma nova ordem. Neste tempo, muitos adeptos da nova filosofia resolveram segui-lo , os primeiros personagens são: frei Leão, frei Filipe, frei Câncava, frei Arlindo, frei Bernardo, frei Pedro, frei Rufino, frei Silvestre, frei Ângelo, frei Quirino, frei Tancredo, frei José, frei Luiz, frei Diogo, frei Egidio, frei Morico, frei João da Capela e frei Sabatino. Interessante dizer que o frei João da Capela abandonou a ordem nos primeiros meses por não conseguir manter a castidade.
Foram enviados 2 a 2 pelo mundo, foram caçados, mas sempre sofriam com alegria, que era a marca destes cordeiros de Deus. Francisco, ao ver o crescimento de sua ordem, escreve para si e para seus irmãos de ordem, uma regra usando expressões do evangelho e acrescentando pouca coisa. Levou-o para o papa Inocêncio III aprovar, este, não o quis receber. Mas depois de um sonho onde viu Francisco levantando o mundo, mandou chamar o Poverello para uma audiência e aprovou sua regra. Claro, sempre com interesses secundários.
Depois disto, muitas viagens, muitas conversões, muitas orações, e o poético Francisco ficava cada vez mais famoso, por onde passava, as pessoas queriam vê-lo, tocá-lo achando que conseguiriam curas e realizações de desejos. Chama a atenção a passagem quando ele começou a pregar e os pássaros vieram ouvi-lo, foi quando disse: "Passarinhos, meus irmãos, vocês devem sempre louvar ao seu Criador e amá-lo, porque lhes deu pena para vestir, asas para voar, e tudo que vocês precisam. Deus lhes deu um bom lugar entre as criaturas e lhes permitiu morar na preza do ar, embora não semeiem nem colham, não precisa se preocupar porque Ele protege e guarda vocês", e os pássaros ouviam com muita atenção. Outro fato foi quando domou apenas com o olhar humilde e algumas palavras um lobo feroz que assombrava um povoado. Estes fatos comprovam o amor que Francisco tinha pelos seres inferiores.
Em 1219, Francisco vai ao acampamento do sultão Melek-El-Kamel e tem entrevista com ele, mas apesar da boa intenção, tem pouco resultado. Francisco era frágil a doenças, pois seu corpo era muito maltratado, pois para ele, o corpo sujeito ao pecado deveria ser castigado. Mas sua principal cruz corporal era o problema do seu olho que quase o cegou. O Monte Alverne, situado nos Apeninos, banhado pelos rios Arno e Tibre, era envolvido em fluidos superiores, e lá Francisco refazia sua forças de vez em quando. Certa vez, Francisco ficou lá por 15 dias sem comer e sem beber, alguns dizem que o Arcanjo Miguel aparecia a Francisco com freqüência. Filipe, preocupado, foi a borda da caverna onde se encontrava o Poverello e os outros ficaram orando para não interrompê-lo na sua graça. De Francisco saía uma luz dourada, Filipe ajoelhou-se e chorando orou, alguns fiéis que chegaram devido a demora fizeram o mesmo e Francisco falou as palavras que devemos repetir a cada cumprimento: - Que a paz de Deus esteja convosco.
Em uma noite memorável, quando pediu humildemente a Jesus, que, mesmo não merecendo tanta glória, se fosse da vontade Divina, que as chagas imortalizadas pelo Mestre tomasse conta de seu maltratado corpo. Acordou então com chagas nos pés e nas mãos. Depois disto, aconteceram outros milagres e cura. Em 3 de outubro de 1226, num Sábado, com 45 anos, o planeta perde o seu maior representante divino, cantando "mortem suscept". Ao desencarnar, segundo a visão espirita, ele lembrou-se de Clara, seu grande amor espiritual e a visitou em espírito, como último desejo e ascendeu as alturas, Frei Rogério viu tudo com nitidez. Francisco viu então uma fila de anjos batendo palmas e Jesus no centro, o Poverello aproximou-se chorando como criança e falou ao Mestre: "Mestre, se porventura mereço a tua benção, que ela seja dada aos companheiros que ficam no mundo. Eles carecem da Tua ajuda agora e sempre."






segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Semana de Comemoração para os Espíritas

                                                                     Allan Kardec


Aniversário de Allan Kardec

Neste 3 de outubro de 2011, comemoramos o  207°aniversário de nascimento de Allan Kardec, o codificador das instruções dos Espíritos amigos para a formatação da Doutrina Espírita.
Nascido Hippolyte Léon Denizard Rivail, o nobre pedagogo francês é mais do que credor de nossa lembrança e reconhecimento pela vida e obra.
Aliás, para conhecer melhor as realizações desse personagem ímpar na História da Humanidade – a quem a Historiografia deve muito –, recomendamos a todos a 4ª videoaula da série "Aprendendo Espiritismo": "Allan Kardec, o codificador".
Confira pelo link abaixo:
http://www.youtube.com/watch?v=J2Strn9_UjU&feature=player_embedded



E  para comemorar esta data tão especial será neste dia 07/10 o lançamento do filme que foi inspirado na maior Obra de Allan Kardec o Livro dos Espíritos .



Ismael Alonso Y Alonso e João Berbel

Dr. Alonso

Pescador de Almas

dralonsoHá mais de um século, em 1896, chegaram às terras brasileiras o casal Rosa e Maximino Alonso, vindos da Espanha. Aportaram nas terras mineiras de Uberaba, Minas Gerais. Bem próximo dali está a localidade de Peirópolis, onde em 30 de dezembro de 1908 nasceu, desse casal de ibéricos aquele que chamou Ismael Alonso Y Alonso. Ali a vida era difícil e para trilhar os primeiros passos dos estudos das letras, Ismael teve de enfrentar muitos obstáculos. As ocupações simples e duras da vida rural, o trabalho árduo com a terra bruta e o gado leiteiro, forjou o pequeno Ismael que cresceu, sob os efeitos da dureza da existência, do trabalho honesto, fazendo assim o caráter marcante desse espírito. Viveu tempo de dificuldades, sacrifícios, fome, privações de toda ordem.

Mudando para Ribeirão Preto/SP diplomou-se no curso ginasial em 1925. Em 1928 serviu o Exército. Em 1929 enfrentou um curso superior. Estudou Farmácia em Pindamonhangaba. Em 1934 tornou-se médico pela Faculdade Fluminense de Medicina, cuja formatura foi em dezembro do mesmo ano. Sua constância em torno do aperfeiçoamento na ciência de curar permitiu-lhe especializações nas áreas clínicas médicas de dermatologia, urologia, sífilis, etc. Tornando-se médico residente e assistente em várias clínicas do Rio de Janeiro.
Em 1939 casou-se com sua prima Esmeralda Domingues Alonso. Tiveram dois filhos: Mísia e Sérgio. A vinda de Dr. Alonso para Franca selou com seu povo um vínculo perene, inextinguível. Nessa época ele clinicava em Uberaba e o Dr. Ricardo Pinho convidou-o a instalar-se como médico na terra das três colinas. Esta recebeu assim em 02 de julho de 1939, aquele que seria um dos homens públicos mais afamados e queridos. A atuação médica de Dr. Alonso extinguiu muitas dores, aliviou um contingente enorme de desfavorecidos pela sorte, levantou muitos caídos pelos ínvios caminhos da existência, ao peso dos infortúnios e desesperanças.
Fazia o que podia por todos e hoje comenta lamentando, de como podia fazer muito pouco, nos casos de obsessão que se lhe apresentavam e cujos conceitos eram quase desconhecidos, impedindo assim a ação saneadora tão desejável. Sua permanência em Franca por 25 anos, ou seja, até o seu desencarne em 23 de março de 1964, assinalou uma existência de muito trabalho: assumiu a direção da Santa Casa e a presidência do Centro Médico; chefiou o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU); atendeu no IAPI E IAPC, etc. IMA001p
Homem público extremamente ativo e participante assumiu a prefeitura de Franca nos anos de 1952 a 1954 e integrou no corpo de vereadores de 1955 a 1958. Na qualidade de Prefeito, sua atuação foi excepcional. Abriu e asfaltou vias públicas; criou Antigo Horto Florestal (atual Jardim Zoobotânico de Franca), conforme  lei Municipal  nr 269 de 10/12/52, Situa-se na Fazenda Pouso Alto propriedade da Prefeitura Municipal, compreendendo uma vasta área de terras e de mata nativa, com objetivo de cultivar mudas de árvores frutiferas, floricultura ornamental e distribuir mudas para população; expandiu a planta física de obras do município e consagrou-se de corpo e alma ao setor de saúde, área de muita conscientização profissional; criou a representação do PTB em Franca. Homem do povo, médico dos empobrecidos e esquecidos, sua aura carismática insuflava admiração em todos. Muito bem educado e fino, tratava a todos com muita polidez e delicadeza.
Dr. Alonso, quando encarnado, não deixou de sentir, no desenrolar de sua existência humanitária, a mão do Alto guiando a sua ao clinicar e diagnosticar, inspirando-o ainda à assistência fraterna e gratuita dos enfermos que lhe batiam súplices à porta. Agora, em que ele do Além está ainda em contato estreitíssimo com a população de Franca, através do médium João Berbel, suas exortações sinceras dizem-nos que a reforma íntima do homem deve ser recebida como extensão de seu trabalho terrestre. De médicos de homens a médico de almas, o trabalho é o mesmo. De um plano a outro, de uma esfera a outra, o trabalho flui e se sublima. De cirurgias físicas a cirurgias fluídicas, a evolução natural do labor caritativo. É propósito maior de Dr. Alonso, ainda hoje: curar almas, elevando a força do Evangelho de Jesus acima de todas as técnicas. Hoje, nosso caro irmão Dr. Alonso, que quando entre nós gostava de pescar, transformou seu lazer preferido numa preocupação evolutiva que extrapolou o seu ego: tornou-se pescador de almas.



João Berbel

O Homem, A Missão
joao_berbelHá décadas, na Fazenda Monte alegre, instalou-se em moradia o casal José Júlio e Delmira Quirino. Ele espanhol da família Berbel, vinha da província argentina de Córdoba, onde vivera provisoriamente, até que foi atraído para o Brasil e escolheu a vida difícil do campo, ao lado da brasileira Delmira. Foi uma época de muitas dificuldades, para quem vivia no trabalho agrícola de sol a sol e tinha uma família numerosa de seis filhos.
Em 30 de agosto de 1955 nasceu o pequenino João. Desde pequeno, partilhando as agruras e penúrias financeiras ao lado dos familiares, trabalhava para ajudar nos pequenos serviços. Desse tempo de infância João tem poucas lembranças, mas não pode esquecer de seu avô que, embora inculto e católico, diagnosticava os males das pessoas. Ele advinhava como ninguém, o local e o tipo de enfermidade que se ocultava nas pessoas. Tais dons não passavam desapercebidos pelos pais de João. Eles católicos convictos, sempre com um terço nas mãos, não eram simpáticos a essas advinhações, com certo sabor infernal, conforme consideravam nos meios rurais, qualquer manifestação paranormal. IMA414p
Em algumas regiões desse Brasil sempre existiu a figura do benzedor e da benzedeira. Eram figuras respeitáveis, pontes luminosas entre o céu e a terra, seres respeitáveis; figuras de solidez de espírito, que com santa singeleza, sabem entender a linguagem dos céus. Os pais de João, muito católicos, vez por outra recorriam a esses benzedores, herdeiros da sabedoria prática de seus ancestrais. O pequeno João era totalmente avesso a quaisquer dessas práticas alheias à religião de seus pais. No seu fervor católico, ele recriminava a todos que, mesmo de longe, dessem qualquer valor e atenção a essas ações beneméritas e considerava tudo como feitiçaria. Não podia ouvir falar de Espiritismo. Mas como o destino nos prega peças todos os dias, às vezes promovendo completa e repentina reviravolta em nossas vidas, à nossa revelia, mais tarde João se tornaria, além de fervoroso espírita, também um atuante médium. E o destino foi até mais irônico e fez com que os esteios técnicos de seu labor de cura em benefício dos sofredores sejam as milagreiras ervas do sertão, que ele tanto abominava nos benzedores. Nosso frágil João cresceu e alcançou o diploma escolar, fez mais um ano e parou por aí. É que em breve, iria provar as primeiras gotas amargas daquela água encantada, que ele não queria beber. Alguns anos mais tarde, mais precisamente aos 17 anos, João reconheceu-se um epiléptico. Que triste quadro ver-se a si mesmo sendo alvo do desprezo irreprimível da multidão. Devagar, com trabalho bendito e o auxílio de medicamentos, conseguiu ele finalmente controlar a epilepsia. Corria o ano de 1976 quando conheceu Arlete, sua companheira dedicada até hoje e com quem se casou em 12 de maio de 1979. Nesse período, fenômenos medianímicos insistiram em se manifestar. Depois que passou a freqüentar os trabalhos da Liga Espírita D’Oeste, no Bairro da Estação em Franca/SP, viu surgir a mediunidade de incorporação e então não teve como fugir. O problema epiléptico foi superado com a admissão consciente da mediunidade. A partir daí sua vida mudou. Iniciou então um trabalho, fazendo fluir para si e seus semelhantes a água da vida espiritual. Certa feita sua esposa Arlete estava com cólica renal, causando sérias preocupações. Inesperadamente João incorporou o espírito de Dr. Alonso, foi até à cozinha, tomou de uma faca e ali mesmo operou Arlete, sem nenhum corte, dor ou ferimento. A cura completou-se com a ingestão de remédios e ervas, prescritas também pelo Dr. Alonso, espírito


Algumas obras de "Berbel, João" na loja: